O que se pode desejar de melhor à Escola Católica e às cerca de 140 escolas católicas do nosso país? Aos cerca de 70 000 alunos e suas famílias? Aos seus educadores e demais colaboradores? Àqueles que as constroem, as estimulam e aos outros também? Entre diferentes bens que não nos faltariam, desejamos hoje para todos os dons dAquele que nos foi dado, os dons do Espírito Santo:
– a sabedoria que nos ajude a ver as coisas como Deus vê e não como tantas vezes as vemos; e nos ajude a ver o que é de Deus e o que não é;
– o entendimento que nos permita ver mais fundo e mais longe;
– o conselho que nos assista para fazermos as opções concretas, educativas, políticas, de gestão das nossas escolas;
– a fortaleza que nos permita nunca esmorecermos e sempre sermos firmes perante as ameaças daqueles que, explícita ou implicitamente, não nos querem ou nos querem ao seu modo;
– a ciência que nos ajude a apresentar o conhecimento humano aos nossos alunos e alunas com os sinais de Deus;
– a piedade que nos faça beber na relação íntima com Deus a nossa relação com aqueles que nos estão confiados, que choram, se alegram, têm necessidades e que tanto em nós procuram uma relação vivida no coração;
– o temor de Deus que, longe de sugerir pelo termo usado medo, é antes percebermos quanto somos pequenos, abandonarmo-nos confiada e ativamente nas mãos dEle e sabermos que Ele nos ama como ninguém.
É a nossa vivência destes dons que há-de ajudar a que eles sejam transformados depois, em nós e nos outros, em frutos. Em passos muito simples e em rota tão segura, como nos sugeria o Papa Francisco ao convocar-nos recentemente para a reconstrução do pacto educativo global: «Juntos, procuremos encontrar soluções, iniciar sem medo processos de transformação e olhar para o futuro com esperança.» Todos! Igreja, alunos, comunidades, professores, colaboradores não docentes, famílias, direções, parceiros,… Também políticos: autarcas, deputados recém eleitos, governo recém-empossado. E a certeza de que é isto aquilo em que acreditamos e é isto que não calaremos. Também isto, cremos, é um dom!
Diác. Fernando Magalhães
Presidente da Direção